domingo, abril 30, 2006

Desabafo

Sem denegrir os demais
uma folha em branco é o melhor amigo.
Desabafo os mais íntimos sentimentos
de angústia
pintando a mais severa mágoa
confesso a rudez da tristeza.
Um bom amigo teria sempre um conselho,
uma opinião, uma máxima.
Se uma palavra amiga
sempre desconhecerá a raíz do sofrer,
Uma folha em branco também não faz o papel
de um amigo...
Mas ao reler o que riscamos
é quase certo encontrar o porto de abrigo.
Uma tábua que flutua
em oceano de amargura
acabando a desabafar com o ego
também ele aconchego se o soubermos procurar
tirar dele o nosso melhor...
Tantas vezes o temos fechado
esquecendo que afinal
também existimos.
Se estamos cá, por aí, além,
é porque algo de bom nos espera
e ainda não cruzamos caminhos

Rick`s

poeta

Noite dentro rua fora
Dormente insóniapasso acordado
inglória solidão
Que em mim se abate!
Desanimado animo a esperança
Subo ao fundo do zero
que sobre mim cai.
Visto a alma
despido de ilusões sinto calor
no gelo da morte à sorte...
Acordo em desacordo no saldo da vida
sou devedor credor do bem estar
Risco o papel em contornos de escrita muda
Falo por formas que se fazem sentir
Considero e lidero
a liberdade de amar
ou não seria poeta

RICK`S

Ânsia

Busco e rebusco no nada encontrado
Certo de não estar
Perdido, ainda não achado.
Em vaga esperança
Resta-me esperar
Continuo...
Por aqui, ali e além
me encontrar...
Mastigo o tempo
temperado a solidão
num espaço oco
que ocupa a emoção.
Olho, triste mas atento
a um qualquer pormenor
dando sinal ao momento.
Algum dia hão-de notar
que estou reparando!
Emergirá no meu olhar
Aquela que vou amar...
Serei conquistado
Conquistarei!

Rick`s

sexta-feira, abril 28, 2006

Tumult of mind

There are times of anxiety and fear
I feel like something is to occured
Some vision of solitude
Some vision of idiot soul
Before the understanding
the shadow...
A blending heart echoes
whose voices are?
Where can I find the image
when can I hear
Where can I find...?
Your worths live in my barren soul
And I feel helpless
Wich tumult was I thrown on...
An ending story
pocesses my deepest emotions!
No steps ahead
No steps aside
A permanent double counsciousness
that never mingles
sugar in the river
salt in the sea...
I see you
You see me.

Magic angel

quinta-feira, abril 20, 2006

No silêncio


Acordo julgando ter vivido em clima potencialmente ameaçador. Abrando a confusão que parece ter origem secular, confundindo as mais variadas crenças da vida e do amor, nesta realidade contemporânea. Inicio automáticamente um processo de avaliação das relações e em linhas gerais faço uma passagem, em figura de script, que ainda mais me confunde. O estado dos factos, a amplitude dos sentimentos, a diversidade de sensações, parece não corresponder a nada, por faltar o objecto de referência. Como um eixo de confrontação ou uma linha de divisão simétrica duas partes são diferentes e tão iguais... Se inicialmente o limite era claro, sinto-me agora sem limites... não consigo detectar o reflexo que devo desenhar, os limites do meu desenho estão imprecisos ( não entendo as coordenadas). Sinto um ardente desejo de ordenar e arrumar os acontecimentos, pressinto que isso seja essencial na conservação da paz e da calma...não quero, em momento algum, deixar-me dominar pelo pânico, devo por isso combater os medos...
Quando chegas, pareço recuperar o espírito perdido, transportado e pensamentos para lugares onde não se encontra o meu corpo... Depressa, vem que se faz tarde... Se anoitece quado abro a janela de manhã , espero em ansiedade o esclarecimento desta sensação e embora seja futil o acontecimento, traz muitas sensações à memória...
É sempre o silêncio que chega nestas horas de diálogos contidos, as palavras que não se dizem, os desejos que não se exploram, as vontades que não acontecem, os factos que não têm vez...como uma parede oposta que tudo vive na imaginação...sentada na cama, tudo vam à memória.
Não existem suspiros de alívio, fico gradualmente louca, sacudo-me julgando estar em retrocesso, em marcha atrás...tudo crenças, valores e educação. Onde fica a paixão? Que mundo és este que resolveu viver achando que a razão é o bem. Não preciso deste conselho, não quero este ruído...faça-se silêncio quando te escuto.

quarta-feira, abril 19, 2006

memórias


Tenho a presença do inconsciente permanentemente assinalada, deixo então que sirva de inspiração na produção artística. Mas este seu carácter sistemático, é desesperaante, quase castrante e arrebatador. Querer o não querer, ou não querer o querer? Para onde orientar as coordenadas?
Que inúmeras cirscunstâncias acessórias estarão para vir? Acessório do básico e fundamental real realidade. A frustração, neste caso concreto é estimuladora? (...)
Quase sempre me deprimo na frustração e quase sempre fujo da frustração...Por conseguinte, que será do acto artístico e da propriedade de criar enaltecer ou fazer?
Quero poemas, sonetos, beijos...mas também quero o amor! Esse que nunca foi meu, nem nunca será...
esta percepção visul invade a consciência, se gosto do que vejo? Nem eu sei... Mas sinto o domínio das imagens, das formas, desde as mais complexamente expressas, ás mais simples ( emoções, volúpia, fantasias...) Cores, cores várias agradáveis, umas vezes, acutilantes noutras, mas que no fim, nada demonstram. Ocas de significado? Serão apenas efeitos estéticos?

Magic angel

terça-feira, abril 18, 2006

prognóstico


Uma passagem que reforça a tensão dos nossos encontros,esta. Aumenta a falta de confiança...
Não interpreto nada deformado de forma propositada, os factos são aquilo que são!
Torna-se cada vaz mais evidente a necessidade de estabelecer controlo, de exterminar perigos, suspender o medo...
Destacar o amor? Tu estás bem parece... mas eu, eu não estou bem, nem sei se deva destacar o amor!!!!
Pontos quentes sem paz sólida, ensaios estratégicos, propostas, tentativas(...) tanto e tão pouco!
Guardar lesões, recentes, camuflar ou fingir (...) . pensamos conseguir, como um desejo pacificamente abstracto, desenvolver a nossa históriaq, optimizar a nossa relação...Ma, a regular incerteza das redes lançadas, de teorias várias ...(não é fácil).
Não julgues que se trata de pretensão para prognósticos fatais, mas existe um aspecto fundamental de nós: " alma é alma e corpo é corpo."
Quando a histeria akalmar, qual será o critério? Eu tento lembrar-me que os resultados esperados não devem limitar a solução do problema no momento...

Vou confessar-te



Do conjunto das mais importantes sensações que tive e que que reconheço, soube distinguir o amor...porque a sensação de prazer é tão diferente (...)
Percebi também que não vale a pena sobrevalorizar(...)sobretudo porque nem só de pão vive o homem(...)
Agora, não é porque reconheço que aceito, mesmo sabendo que não estou a a planificar qualquer futuro, interessa-me suprimir os fenómenos mais negativos do presente.
Nem quero fazer acreditar nem quero que me faças acreditar que o principal traço do amor se resume a isso, mas acredito hoje que sim, porque o sinto.
A evidência tão particular do que aconteceu, não deve incluir-me!
Trata-se agora de uma revolução, sem partidos, e onde todas as forças se conjugam para o mesmo fim: a consolidação da aliança.
Perguntei-me se esta dificuldade terá algum significado ( disse-me que nem tudo tem significado. No entanto, como podem ocorrer factos sem valor?)
Lanço-me em explicações:
- culto da alma
- permanência em tempo
- desejo infinito
- (...)
Esta, é ainda a fase da rebelião, se precisamos de uma luta revolucionária? Não sei.
Mas percebo que todo este processo teria sido impossível se não se tratasses de ti.
Porém, vou confessar-te o medo:
O receio de não sermos capazes de nos libetar de uma retórica que se pode tornar oca de significado. Não é por acaso que começam a sentir-se silêncios!
Não sei se há expeculação na importância que se dá ao sexo. Mas existe uma satisfação real quando ô seu resultado é vitorioso.
Mantenho a entrega ao desconhecido, mas não confundo poder com propriedade ( assim tu mo recordes)...
Em resumo, é difícil o debate acerca destes problemas, mas não falar deles, parece-me bem mais problemático. O esforço, quando conjugado produz eficácia.Por fazes:
1. criar
2.praticar
3 aperfeiçoar

(...) Porque não há beleza nas coisas fáceis!!!!

quarta-feira, abril 05, 2006

Questiono

Ai meu amor, quanto do meu pensamento te pertence. Que estado de evolução permanente é este? Que sistema criamos de compreensão? Pensei tanto e esforcei-me por criar novas imagens e embora aparentemente estranhas o prazer de as sentir torna-se cada vez mais sedimentado. A precisão do que vejo não me deixa dúvidas: devo cuidar do amor!
Qual mundo? Que pessoas? Que factos?Que tudo? Que nada? se o objecto inicial não existe? cresceu a bola de neve entre sujeitos passivos, que profundidade estará no abismo? Qual Queda?
Desde o primeiro contacto que os sentidos se activaram ...corporal sensorial...apreensão imediata da figura do fundo global. A imagem fixada na dinâmica da mente, memória vaga confusa ou sincrética.
A repetição dos contactos em condições tão variadas na comunicação e os confrontos resultantes, determinam a composição desta necessidade de ter de possuir de não fugir...
Desconexo este discurso em tão mediata decisão, mas há momentos de conhecimento e reconhecimento, de compreensão, donde se segue esta impossibilidade de explicar o todo que resulta da soma das partes. O condicionamento das conflitos e as transformações que estamos a viver é uma das fases do conhecimento na reconstituição da unidade. Não quero partes, nem metades, mas tudo por inteiro. Mesmo que o teu conjunto esteja também contido, assim seja materialismo e espiritualismo a nossa solução. É amor a explicação.

É vão ser-se indiferente...

É vão ser-se indiferente...
Evidentemente, não existe nada tão doloroso quanto a indiferença. Evitei palavras, questões, caminhos...desculpei-me com a razão, porque me engano quando acredito nela. Impôr -mo -nos a lei, mas guiando-nos por outros...Pergunto-me tantas vezes onde quero chegar, julgando quase sempre ter tudo dito, feito o suficiente e, no entanto, pressinto sempre ter um longo caminho a percorrer...
Sinto-me tantas vezes mercadoria, pela competição, busco a perfeição, essa é a exigência do meu ser, ser um ser absolutamente único!
A minha sensibilidade, a minha intuição dos dias mais tristes, não tem explicação intelectual, só a sinto, só a sinto...

Magic Angel


Soneto
" Tanto do meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;
da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao céu voando,
num`ma hora acho mil anos, e é de jeito
que em mil anos não posso achar uma hora.

Se me pergunta alguém porque assi ando,
respondo que não sei; porém suspeito
que só porque vos vi, minha ~Senhora.

Luís de Camões

segunda-feira, abril 03, 2006

"Carpe diem quam minimum credula postero."


"aproveite o dia; não creia no que vem depois."

Extraído da obra "Odes", do poeta latino Horácio

"...procure ao máximo os prazeres e gozos da vida... enquanto é tempo. Não perca um segundo apenas da sua existência longe de toda intensidade e diversidade que ela pode oferecer. Não fique vivendo no futuro, com projetos e metas distantes, viva o agora."

Venúsia, 66 a. C. - Roma, 8 a. C.
Poeta latino. Após a sua educação em Roma e Atenas, HORÁCIO passa uns anos azarentos até que pode gozar, como Virgílio, da protecção de Mecenas, que lhe oferece uma casa de campo onde vive livre de cuidados. Horácio é o grande inovador da poesia latina, na qual introduz novos critérios métricos e uma concepção original dos quatro géneros que cultiva: os epodos, as sátiras, as odes e as epístolas. Nas Sátiras, o cuidado formal é mais importante que os temas, muito variados: relatos de viagens, descrição de um banquete ridículo, retrato de uma pessoa vagarosa, etc. Nos Epodos, parecidos com as Sátiras, inclui-se uma das obras-primas de Horácio, o Beatus ille, canto à vida tranquila do campo. As Odes são a sua obra-prima. Os temas que nelas trata, muito simples, são a expressão lírica da própria vida: o amor ( e especialmente a amizade ), a beleza da natureza ( independentemente da sua utilidade ), os prazeres quotidianos, a passagem do tempo, a ineludível chegada da morte… Horácio tem consciência de criar um lirismo novo que lega às gerações futuras, pois escreve: «Levantei um monumento mais duradouro que o bronze.» As Epístolas, cartas em verso, são também peças poéticas, se bem que nelas predomine a reflexão sobre o lirismo. A mais conhecida é a Arte Poética, em que expõe uma série de conselhos para a criação literária.

Livros: A Inutilidade do Sofrimento


O dia-a-dia é feito de dificuldades e contrariedades que, muitas vezes, nos fazem esquecer a importância das pequenas coisas da vida. Acabamos por nos sentir sempre insatisfeitos, sofrendo por antecipação com situações que até acabam por se revelar simples de resolver. É verdade que todas as pessoas sofrem. Mas, uma coisa é sofrer por um acontecimento doloroso, outra é passar o tempo a lamentarmo-nos por coisas sem grande importância e não fazermos nada para mudar. Para ajudar a descobrir este lado positivo da vida e a encará-la como uma dádiva que devemos receber de braços abertos, a psicóloga María Jesús Álava Reyes lança o livro A Inutilidade do Sofrimento. Com mais de vinte e cinco anos de experiência no campo da psicologia, María Jesús Álava Reyes fornece-nos um guia prático com exercícios de autocontrolo, reflexões, pautas de comportamento e vários testemunhos que pretende levar as pessoas a questionarem-se e, pouco a pouco, a encontrarem as suas respostas. O objectivo é sair de um sofrimento inútil e aprender a conduzir a própria vida. Como escreve a psicóloga Catarina Mexia, no prefácio deste livro, «Carpe Diem, aproveitai o dia, porque o passado já era, e o futuro ainda não chegou!» María Jesús Álava Reyes