quarta-feira, abril 05, 2006

Questiono

Ai meu amor, quanto do meu pensamento te pertence. Que estado de evolução permanente é este? Que sistema criamos de compreensão? Pensei tanto e esforcei-me por criar novas imagens e embora aparentemente estranhas o prazer de as sentir torna-se cada vez mais sedimentado. A precisão do que vejo não me deixa dúvidas: devo cuidar do amor!
Qual mundo? Que pessoas? Que factos?Que tudo? Que nada? se o objecto inicial não existe? cresceu a bola de neve entre sujeitos passivos, que profundidade estará no abismo? Qual Queda?
Desde o primeiro contacto que os sentidos se activaram ...corporal sensorial...apreensão imediata da figura do fundo global. A imagem fixada na dinâmica da mente, memória vaga confusa ou sincrética.
A repetição dos contactos em condições tão variadas na comunicação e os confrontos resultantes, determinam a composição desta necessidade de ter de possuir de não fugir...
Desconexo este discurso em tão mediata decisão, mas há momentos de conhecimento e reconhecimento, de compreensão, donde se segue esta impossibilidade de explicar o todo que resulta da soma das partes. O condicionamento das conflitos e as transformações que estamos a viver é uma das fases do conhecimento na reconstituição da unidade. Não quero partes, nem metades, mas tudo por inteiro. Mesmo que o teu conjunto esteja também contido, assim seja materialismo e espiritualismo a nossa solução. É amor a explicação.